domingo, 3 de junho de 2012

Questões para discussão no próximo encontro - dia 20 de junho: O que é tecnologia para/na Educação? Quais as tecnologias educacionais presentes hoje na escola? Como a Tecnologia pode re-significar a aprendizagem dos sujeitos? Quais elementos são necessários para que uma tecnologia seja significativa para a prática pedagógica?
Curiosidades.... O Brasil já tem mais de 80 milhões de pessoas acessando a internet, por, em média 2 horas diárias; (disponível em cmais.com.br/educação/brasil-online, Dados IBGE) No sul do país são 19% de internautas, ou o equivalente a pouco mais de 5 milhões de pessoas num universo de 27 milhões de habitantes (15 e 55 anos); Somos a 5ª potência maior população on line do planeta ( atrás da China, Estados Unidos, Índia e Japão); A internet também é a atividade preferida para 62% dos entrevistados de todas as faixas estárias de renda, gênero e região no Brasil; As mulheres indicam preferência pelo uso das redes sociais com destaque para o facebook e o orkut e está superando a TV.
Repensando...Tecnologias... Conceito de tecnologia: “Do grego tekhno- (de tékhné, 'arte',) e -logía (de lógos, ou 'linguagem,proposição'). Tecnologia é um termo usado para atividades de domínio humano, embasada no conhecimento, manuseio de um processo e ou ferramentas e que tem a possibilidade de acrescentar mudanças aos meios por resultados adicionais à competência natural, proporcionando desta forma, uma evolução na capacidade das atividades humanas, desde os primórdios do tempo, e historicamente relatadas como revoluções tecnológicas.” (MEC/Curso Mídias na Educação) O termo tecnologias da informação e comunicação – TICs no parecer de Vieira (2002, P.36) significa:Instrumentos usados para compartilhar, distribuir e reunir informação, bem como para comunicarem-se umas com as outras, individualmente ou em grupo, mediante o uso de computadores e redes de computadores interconectados (via Internet). Para Neves (2005, p. 21): Tecnologias da informação e comunicação deixam de ser encaradas como um mero recurso instrucional moderno e adquirem o status de fato gerador/provocador de uma nova pedagogia: centrada no aluno, orquestrada por docentes e gestores competentes, capaz de promover uma interatividade que derruba os limites físicos da sala de aula e contribui para formar o cidadão crítico, participativo, solidário e responsável. Para Refletir... Valente (2003), “a questão fundamental e recorrente é: sem o conhecimento técnico será possível implantar soluções pedagógicas inovadoras e vice-versa, sem o pedagógico os recursos técnicos disponíveis serão adequadamente utilizados?” Ele destaca dois aspectos que devem ser observados ao se implantar as novas tecnologias na escola: primeiro, o domínio técnico e pedagógico devem acontecer simultaneamente, de modo conjunto; o segundo diz respeito à especificidade de cada tecnologia. Silverstone ( p. 48, 2005), “precisávamos ver a tecnologia como física, como extensões da nossa capacidade humana. Estas extensões trazem em seu bojo uma visão totalitária que pode nos permitir refletir e agir sobre alguns aspectos: o que fazemos para quem fazemos e porque fazemos? O referido autor ainda salienta que não se deve compreender as tecnologias apenas como máquina. Ela inclui habilidades, e competências, o conhecimento e o desejo, sem os quais não pode funcionar. Uma rede social é uma estrutura social composta por pessoas ou organização, conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos comuns. Uma das características fundamentais na definição das redes é a sua abertura e porosidade, possibilitando relacionamentos horizontais e não hierárquicos entre os participantes (wikipédia, 25/05/2012). Redes de relacionamento : Facebook, Orkut, Twitter; Blog Redes Profissionais: Linkledln, outros comunitários,... Redes Sociais e Blogs... O Blog como rede social e “diário íntimo da internet”(Schittine, 2004, p.12) se constitui por um fazer diário que se institui no Brasil por volta do ano 2000 e recebeu o nome de BLOG. O termo é de origem americana e vem da palavra web (página da internet) e log (diário de navegação); Web Blog seria origem do nome e foi abreviado para Blog; É tratado por seus autores como um espaço de intimidade que oferece informações diárias sobre o fazer e dependendo da formação do sujeito autor, serve ainda como processo dialógico e interativo onde há seguidores que colaboram, participam e muitas vezes tornam-se leitores assíduos ou não. “O Blog surge como um sistema de disponibilização de textos e fotos na web menos complexo e mais rápido, o que vai facilitou a fabricação de páginas por indivíduos com pouco conhecimento técnico”. (Schittine, 2004, p. 13 )
FÓRUM DE EDUCAÇÃO Programa de Pós-Graduação em Educação/Unisinos Secretaria Municipal de Educação de São Leopoldo (SMED) - 2012 Coordenadoras: Prof.Dra. Eli Terezinha Henn Fabris Prof. Dra. Luciane Sgarbi Santos Grazziotin Coordenadora da Educação de Jovens e Adultos da SMED: Elisete Garcia EJA e tecnologias virtuais: espaços de formação e interação Doutoranods: Dilmar Kistemacher Wanderléa Pereira Damásio Maurício História(s)... A educação de adultos ocorreu, sob outra forma, desde o Brasil Colônia voltada , naquele contexto, à formação religiosa... Mas devemos compreender como um processo de ensino elementar considerando o contexto histórico, seja, colonial, seja, império.... Regime escravocrata; Analfabetismo, maioria da população; Com a Proclamação da República (1889) O voto estava restringido aos analfabetos..... Contexto de jogos de interesses sociais, políticos, econômicos e culturais, portanto... havia a necessidade de preparar o cidadão para a República. O primeiro Ministério da Educação foi criado no ano de 1930 e recebeu, naquele momento, o nome de Ministério da Educação e Saúde Pública. Somente em 1953 as duas pastas ministeriais foram separadas. Gustavo Capanema esteve à frente do Ministério da Educação de 1934 a 1945. Durante o governo de Getúlio Vargas (1930-1945) a Educação de Adultos foi “contemplada” na Constituição de 1934, ou seja, extensiva aos adultos....contudo, os recursos seriam de responsabilidade dos municípios e da União... Contexto: Movimento da Escola Nova – inspiração norte-americana Reformas educacionais Segundo a Unesco (2008) dentre os 1.698 cursos de Pedagogia oferecidos por 612 instituições de ensino superior no Brasil em 2005, somente 15 delas ofereciam 27 cursos com habilitação específica para o ensino de jovens e adultos. Agregue-se a isso o fato de que as novas Diretrizes Nacionais para os Cursos de Pedagogia – que extinguiram as habilitações – remetem a especialização de educadores de jovens e adultos para cursos de pós-graduação. (MORAES, 2010, p.4). Em outras palavras, cada pessoa tem um espaço/tempo de aprendizagem que lhe é singular, uma vez que depende dos processos de maturação e das experiências até então vivenciadas. Nesse contexto percebe-se a necessidade implícita de que o jovem busque novas experiências, pois estas são condicionantes para que este se torne um adulto. Por isso, os processos de aprendizagem precisam primar pela pedagogia da pergunta, implicada pela curiosidade epistemológica, de quem sabe que sabe e por isso sabe que pode saber mais (Nörnberg, 2010, p. 15). Machado (2002) ao analisar pesquisas em nível de mestrado e doutorado com enfoque na EJA, constatou que os estudantes da EJA, consideram-se ‘incapazes e fracos’. Portanto, a Educação de Jovens e Adultos, tem como desafio oportunizar a estes sujeitos apropriação de novos conhecimento dentro de uma rede de relações que possibilitem a estes sujeitos a resignificação de suas experiências, a luz do conhecimento sistematizado produzido pela humanidade ao longo de sua História. Certamente que a educação, nas suas mais diversas modalidades, não tem condições de sanear nossos múltiplos problemas nem satisfazer nossas mais variadas necessidades. Ela não salva a sociedade, porém, ao lado de outras instâncias sociais, ela tem um papel fundamental no processo de distanciamento da incultura, da acriticidade e na construção de um processo civilizatório mais digno do que este que vivemos (Luckesi, 1989, p. 10).